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Professora Gabriela Bastos Cordeiro Tremba

Professora Gabriela Bastos Cordeiro Tremba

Nascida em Guarapuava, Paraná, mudou-se aos 11 anos para Araucária, onde reside até hoje, aos 31. Jornalista formada pela UFPR e professora de Língua Portuguesa e Inglesa formada pela UTFPR. Mestre em Estudos de Linguagens pela UTFPR, hoje atua como professora de Língua Portuguesa do COC Araucária. Casada, feliz, na luta por uma sociedade melhor e mãe da Cecília!
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É possível medir a felicidade?

Neste sábado, 20 de março, é comemorado o Dia Internacional da Felicidade. Esse que, talvez, seja o sentimento mais buscado pela humanidade. De acordo com o Dicionário de Filosofia de Nicola Abbagnano – filósofo italiano – felicidade é “Em geral, estado de satisfação devido à situação no mundo” (2007, p. 434). Ela envolve, portanto, não só a nossa subjetividade, os nossos desejos, mas também a nossa relação com o mundo ao redor. Qual, então, seria a medida da felicidade?

Para pesquisadores da Organização das Nações Unidas (ONU), são critérios como PIB per capita (indicador econômico), expectativa de vida, liberdade, suporte social, liberdade para fazer escolhas, generosidade e percepção da corrupção. É por isso que no Relatório Mundial da Felicidade, o Brasil caiu de posição e ocupa agora a posição de 41º num ranking liderado pela Finlândia. O país gelado do norte europeu, aliás, lidera a classificação há quatro anos.

Felicidade em tempos de pandemia

Nesse sentido, não podemos desconsiderar o momento atual, no qual vivemos sob as sanções e incertezas impostas pela pandemia do coronavírus. Aqui na terra brasilis, tudo isso foi elevado à máxima potência, principalmente pela postura irresponsável do Governo Federal diante da gravidade da situação. Mesmo não sabendo exatamente o que nos faz feliz, é fato que esse cenário caótico nos deixa mais infeliz.

Então, podemos nos perguntar, estamos num beco sem saída, envoltos por falta de liberdade, abandono social e escândalos de corrupção? É, o cenário brasileiro (e mundial) não é dos mais favoráveis, mesmo assim, acredito que podemos buscar a tal felicidade em outras medidas. Sem dúvida, todo o bem-estar social gerado por uma sociedade economicamente saudável e solidária influencia na vida das pessoas de modo a deixá-las mais satisfeitas, mas essa é apenas uma das formas de se perceber a felicidade.

O que te faz feliz?

Em uma sociedade baseada no lucro e no consumo, muitas vezes acabamos buscando nossa satisfação em bem materiais: roupa da moda, carro do ano, celular ultramoderno, enfim, coisas (na acepção mais literal da palavra) que são facilmente substituídas. Assim, quando depositamos nossa felicidade nesses bens, rapidamente a perdemos. Para a professora e digital influencer Rose Moura “A felicidade é ter todas as coisas que o dinheiro não é capaz de comprar: como saúde e família unida”.

Outro provável erro é procurá-la em acontecimentos grandiosos, uma vez que estes são raros e nos proporcionariam poucas oportunidades de ser feliz. Vale, assim, o clichê, simples e verdadeiro, de que a felicidade está nas coisas simples: no sorriso de um filho, no abraço de um amor, no canto de um pássaro, na comida da vó, no sol brilhando no céu lá fora ou na chuva beijando as flores.

É importante ainda destacar, recorrendo ao filósofo contemporâneo Mário Sérgio Cortella, que a felicidade não é um estado permanente, por isso, não somos felizes o tempo todo. Entender isso se torna fundamental para não nos frustrarmos com as nossas expectativas, uma vez que, de acordo com Cortella, “a felicidade é uma fórmula: felicidade é igual a realidade menos expectativas”. Seria a saída para ser definitivamente feliz simplesmente não criar expectativas? Claro que não, até porque isso é humanamente impossível. Por isso, a ideia é entender a felicidade como uma soma de instantes de satisfação e aceitar os instantes de adversidade.

Mas será que a felicidade é individual?

Perguntada sobre o que a faz feliz, a professora Aline Laís Bueno respondeu: “Felicidade é ver os outros felizes. Nada melhor para nos fazer felizes do que um sorriso alheio”. Concordo, desde que não nos tornemos totalmente dependentes de outras pessoas para sermos felizes. É inegável, pelo menos para mim, que a situação das outras pessoas interfere diretamente no nosso sentimento de felicidade. Dessa forma, embora não devamos responsabilizar o outro pela nossa infelicidade, precisamos sim nos importar com a felicidade do outro.

Segundo a filósofa e artista plástica Márcia Tiburi, “Certamente, uma vida feliz é uma vida em que a felicidade se torna uma potência a partir da justiça, quer dizer, ninguém vai poder ser feliz numa sociedade injusta”. Nesse sentido, parece a felicidade ser então uma impossibilidade na sociedade atual, uma utopia. Pode até ser. Mas que essa utopia não deixe de ser buscada, uma vez que, talvez, seja não no fim, mas nesse caminho de busca, que encontremos a tão sonhada felicidade.

Dica de vídeo: Filosofia e felicidade, com Marcia Tiburi e Mario Sergio Cortella

O texto apresentado tem carácter pedagógico e não reflete a opnião do colégio e de seus mantenedores.

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