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Colégio COC Araucária

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Professora Gabriela Bastos Cordeiro Tremba

Professora Gabriela Bastos Cordeiro Tremba

Nascida em Guarapuava, Paraná, mudou-se aos 11 anos para Araucária, onde reside até hoje, aos 31. Jornalista formada pela UFPR e professora de Língua Portuguesa e Inglesa formada pela UTFPR. Mestre em Estudos de Linguagens pela UTFPR, hoje atua como professora de Língua Portuguesa do COC Araucária. Casada, feliz, na luta por uma sociedade melhor e mãe da Cecília!
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Professores na pandemia: parte 2

Lá em março de 2020, quando a pandemia começou, a esperança era de que em 2021 voltássemos a uma relativa normalidade. As expectativas não se concretizaram e o cenário é ainda pior neste ano. Com isso, vieram novos obstáculos a serem superados pela área da educação e pelo trabalho docente. Nós professores, que precisamos nos adaptar com as aulas on-line (assim como os alunos e toda a comunidade escolar), agora nos deparamos com o ensino híbrido e seus desafios. Isso sem contar com as incertezas diante das constantes mudanças.

Para quem não sabe, é costume que os professores participem de uma semana pedagógica na qual planejamos o semestre. É claro que, mesmo em um ano normal, imprevistos acontecem e temos que lidar com eles. Nos últimos meses, no entanto, isso tem sido um enfrentamento diário. Se hoje planejamos algo, possivelmente amanhã teremos que fazer algo diferente. São decretos, professores e funcionários com sintomas, isolados ou de atestado aguardando o resultado de um teste. A rotina, principalmente daqueles que trabalham na coordenação, virou uma batalha para manter tudo funcionando. Segundo a professora de Matemática Fernanda Meredyk “os desafios são diários, a cada mudança de lei ou do número de contaminados temos mudanças no sistema de avaliação e nas plataformas usadas para a transmissão das aulas on-line.”

A responsabilidade dos professores

Em sala de aula não é diferente. Além de ensinar, precisamos ficar de olho para que os alunos respeitem o distanciamento social, utilizem corretamente as máscaras, higienizem as mãos, entre outros cuidados. Afinal, aquelas crianças e adolescentes cheios de energia e cansados de ficar em casa estão sim sob nossa responsabilidade. Por isso temos que zelar pelo bem-estar de cada um.

Aliás, mais do que o bem-estar físico, neste momento precisamos contribuir para o bem-estar psicológico deles. Ser exemplo, acolher os medos, corrigir os comportamentos inadequados, isso tudo tendo que lidar com nossas próprias inseguranças. É perceptível que não tem sido fácil, mas nosso amor pela educação vai nos movendo. Ademais, em nossa escola, contamos com a ajuda de técnicas de enfermagem, auxiliares de coordenação e psicóloga, o que, sem dúvida, alivia muito o fardo.

Ensino híbrido

A situação inédita de ter que manejar alunos em sala de aula ao mesmo tempo em que se tem alunos on-line gera uma tensão constante, pois não podemos permitir que ninguém saia prejudicado. Queremos amparar a todos, mesmo sem poder abraça-los. Queremos tirar todas as dúvidas, mesmo sem poder agachar ao lado da carteira e explicar novamente para aqueles que apresentam maior dificuldade.

Para a professora e coordenadora Aline Laís Bueno, a distância é algo que incomoda: “Algumas vezes até nos surpreendemos com o combinado de ligarem a câmera todos juntos. E isso é o máximo de calor humano que recebemos naquele dia”. Sentimento compartilhado pela professora Fernanda. Segundo ela, a situação atual “me fez refletir sobre a importância da escola, das aulas presenciais e das relações que são desenvolvidas com o convívio e socialização no ambiente escolar. Jamais me imaginei numa situação dessas, onde estamos distantes da maioria de nossos alunos. Me assusta essa falta de observação que temos dos alunos, a falta de informações que temos sobre eles e a necessidade que temos, enquanto professores, de estar no controle de tudo”

Há também a necessidade de se adaptar aos novos equipamentos. A máscara e os protetores faciais nos protegem, mas também abafam nossas vozes. A orelha dói ao sentir tudo pendurado nela: máscara, microfone, óculos (para quem usa, e são muitos). Assim, nosso corpo e nossa mente vão se sentido sobrecarregados. Não é raro conversar com um colega e descobrir que ele já se confundiu com o horário, esqueceu algo ou se sentiu extenuado ao fim do expediente.

Sei que isso não é exclusividade da nossa profissão, mas é bom que todos tenham a dimensão do que ocorre conosco, pois ainda há quem critique nosso trabalho ou nos acuse de ter preguiça. Felizmente não é o caso de nossos alunos e suas famílias, já que temos recebido várias mensagens de apoio, o que nos dá força para seguir adiante.

Nem tudo é dificuldade

Apesar dos imensos obstáculos, podemos afirmar que há também um enorme aprendizado a partir deste novo cenário. Para o professor Tadeu Trindade, que dá aulas de Língua Inglesa “um ponto positivo é a possibilidade de se reinventar. Vejo que muitos professores conseguiram uma nova perspectiva do que é lecionar”. De fato, o uso das novas tecnologias estava cada vez mais presente em sala de aula e, provavelmente, as aulas on-line para determinadas situações vieram para ficar.

Há ainda que se destacar o companheirismo e a solidariedade mútua que temos percebido no dia-a-dia escolar. Todos dispostos a ajudar uns aos outros, trocando ideias e ensinando ao colega aquilo que aprendeu e deu certo em suas aulas. E, dessa forma, com muita força de vontade e apoio é que vamos em frente com nosso trabalho, pois, como bem disse a professora Aline: “todo professor insiste porque foi formado para trabalhar para o futuro e com resultados a longo prazo”.

O texto apresentado tem carácter pedagógico e não reflete a opnião do colégio e de seus mantenedores.

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